quinta-feira, 7 de abril de 2011

Caso Clínico

Caso Clínico

A canadense, S.H. 39 anos, tinha longos, grossos e encaracolados cabelos ruivos. No dia 19 de agosto, a corretora de imóveis passava férias em British Columbia, no Canadá, quando decidiu investir mais de R$ 300 para alisar seus cabelos. Seduzida pelo marketing do mais famoso produto do gênero, endossado por celebridades como Nicole Richie, S.H. escolheu o Brazilian Blowout, que prometia efeito mais natural do que outras escovas permanentes. Em entrevista à Folha, ela diz que, nas duas primeiras semanas, seu cabelo parecia ótimo. Até começar a cair. Ela calcula ter perdido 20% de seus cabelos em menos de dois meses.
A canadense passou a tentar descobrir o que havia sido responsável pela queda e o que fazer para revertê-la. Procurou a Brazilian Blowout, cuja primeira reação foi atribuir o distúrbio a estresse ou mudanças na dieta. Há uma semana, o Health Canada anunciou que o produto da Brazilian Blowout testado apresentava 12% de formaldeído, tóxico cuja concentração é limitada a 0,2% em cosméticos não orais, segundo as leis canadenses.
Dados extraídos da Folha de São Paulo, Outubro 2010.

DISCUSSÃO DO CASO
1)    O que a fonte reguladora do Brasil, ANVISA, tolera o formoldeido como componente em coposição comética?
O formol é uma solução de formaldeído, matéria-prima com uso permitido em cosméticos nas funções de conservante (limite máximo de uso permitido 0,2% - Resolução 162/01) e como agente endurecedor de unhas (limite máximo de uso permitido 5% - Resolução 79/00 Anexo V).

2)    Quais os riscos que o uso de formol como constituinte de alisante de cabelo pode causar?
Na pele pode causar  irritação, vermelhidão, dor e queimaduras, ja nos olhos, vermelhidão, dor, lacrimação e visão embaçada. Altas concentrações causam danos irreversíveis como inalação pode causar câncer no aparelho respiratório. Pode causar dor de garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da freqüência respiratória, irritação e sensibilização do trato respiratório. Pode ainda causar graves ferimentos nas vias respiratórias, levando ao edema pulmonar e pneumonia. Sendo fatal em altas concentrações.
A exposição crônica  freqüente ou prolongada pode causar hipersensibilidade, levando às dermatites. O contato repetido ou prolongado pode causar reação alérgica, debilitação da visão e aumento do fígado.

(Publicado por: Dorival Ribeiro e Tandara Bocca)

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